.blind.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009 às 17:45
if I could tear you from the ceiling
I'd freeze us both in time
and find a brand new way of seeing
your eyes forever glued to mine.

.shadowplay.

domingo, 6 de dezembro de 2009 às 20:04
>> antony and the johnsons - my lady story





e te olho, te toco, te imagino, te construo...te pinto em aquarela com as cores da minha paleta, e iluminas. iluminas e me cegas, confundes, desnorteias, transtornas. e tento tapar os olhos com as mãos, mas a luz entorpece, envolve. invade o quarto, e quando me acostumo à claridade, desaparece; para depois retornar em ondas refeitas e desconhecidas, entrando pelas frestas das portas em silêncio estrondoso. e revelas as cores nunca antes vistas, os tons oníricos que me colorem os pensamentos nos poucos momentos em que fecho os olhos. e é tudo imaterial assim como a luz que te compõe; és luz que escapa aos meus dedos, indomável, mutante. e que mesmo quando me encerro em total escuridão, negas-me o sossego aos olhos cansados, e obrigas-me a tolerar a penumbra dos teus acasos.

.colour my world.

às 15:29
vale a pena!


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.is still light outside?.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009 às 07:38
>> fever ray - triangle walks





a luz vem de longe, cautelosa, arisca. pisca pisca pisca. ilumina as paredes numa linguagem indecifrável, claro-escuro. ainda assim, parece estar sempre acesa, perene. e chega mais perto, parece que perde o medo, despida do orgulho. mas então se apaga e passa...e passa. rente ao muro, faz estremecer e desmoronar, por fora e por dentro. passa com alarde, sem modos, talvez inconsciente da devastação, mas mesmo assim responsável. mas parece também sempre voltar, em seus incompreensíveis e irregulares intervalos; perturba, acorda, priva do sono.

.inbetween days.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009 às 21:42
>> pete yorn & scarlett johansson - I don't know what to do

sempre fugindo, fingindo, me escondendo, evitando, me perdendo...pra entender cada vez menos; ataques velados, guerras frias, olhares desviados, máscaras, sorrisos, afastando pensamentos, trocando por outros, te trocando por outras...pode ver através das rachaduras? por trás das lentes que te olho, da felicidade, não falsa; porém incompleta, incompreensível, intocável, intangível. e os sonhos, os pensamentos; aqueles que atormentam, inevitáveis, inexplicáveis. explicar, ouvir explicações, não mentiras nem omissões, fingimentos...uma torrente de palavras, suposições, entalados na garganta, dominados pelo orgulho, afastados pelo medo, renegados, ignorados, lutando para sair, evitados...os que envergonham, que matam de dentro para fora, os que perturbam, incomodam. que quando você ergue a cabeça, tornam a voltar seus olhos para o chão. e que apesar de percorrer os mais sinuosos caminhos, acabam todos tendo o mesmo fim, a incógnita, a dúvida. e que durante o percurso nos fazem nos cruzar fingindo sermos desconhecidas, por vezes e mais vezes, propositalmente ou não. e é toda uma desordem, que força meus dedos a incontrolavelmente escrever, sem nexo; o sentimento puro expresso por palavras mal organizadas, direcionadas apenas a quem se quer que entenda, e quem se sabe que o fará sem tomar atitude, esperando de mim o mesmo. que por tantas vezes antes tomei atitudes das quais me arrependi, que hoje me preservo de mais dores. where do we go from here?


go on go on
just walk away
go on go on
your choice is made
go on go on
and disappear
go on go on
away from here

come back come back
don't walk away
come back come back
come back today
come back come back
why can't you see?
come back come back
come back to me

.isolation.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009 às 18:01
>> pete yorn & scarlett johansson - blackie's dead

quando a vida se torna monótona e repetitiva, não tarda a acontecer alguma situação bizarra. não que isso seja bom.
não há conexão, especialmente de pensamentos, apesar de eu muitas vezes ocultar segredos polêmicos. acossada. não quero ser a esperança. ainda que tenha semeado, agora penso que poderia não tê-lo feito. deveria, na verdade.
certas extravagâncias assustam, sobretudo quando da parte que não toca mais. curiosidade no princípio...agora a tentativa de fuga. pensar demais, talvez seja o problema. ou talvez evite outros mais significativos posteriormente. se trata de incompatibilidade, faz com que o proveito tirado não valha tanto a pena assim. foi-se o tempo de desperdícios de energia em interações sem retorno. sempre há o retorno superficial, ainda assim...arriscado. de qualquer forma, o superficial depende do ponto de vista. significados demais atribuídos a simples projeções incertas de futuro. expectativas demais, possibilidades quase nulas de que sejam correspondidas.


'well I don't feel better
when I'm fucking around.'

.I started something I couldn't finish.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009 às 23:48
ela olha pela janela, no começo da madrugada. enquanto a cidade dorme, ela continua acordada; imersa em suas incertezas. [quase] todas as outras janelas apagadas, [quase] todas as pessoas descansando um sono sem sonhos, recuperando forças para o dia de amanhã. e ela continua acordada.
toda a sorte de coisas se passou nas últimas semanas, e ela ainda se sente atordoada pela rapidez com que tudo aconteceu. sofreu uma revolução dentro de si, como que se todos os seus sentimentos - bons e ruins - resolvessem se manifestar no mesmo momento. já não bastassem os usuais problemas de insônia, com tudo isso ainda ganhou algumas horas extra sem dormir. mas insônia foi apenas mais uma das fatalidades que, unida à todas as outras, acabou por tornar sua vida um martírio em poucos dias. se sentia anestesiada, entorpecida, distante...mesmo ao lado daqueles que sempre a tornaram real. tão tênue se fez a diferença por fora, que poucos conseguiam ver através dos ardis.
e apesar de estar dividida entre duas maneiras divergentes de ver a realidade, tudo convergia para um único ponto. aquele julgado, implacável e impiedosamente por ela. talvez pudesse ter sido diferente, talvez não...não com duas consciências falando; a sua própria, e aquela internalizada por terceiros. por si só não poderia dizer tais barbaridades, ainda que soubesse [sempre soube] organizá-las numa defesa ofensiva. não - não faz parte de sua índole pensar tais coisas; afinal de contas - já disse uma amiga -, ela era AMOR.
amor talvez não seja a palavra adequada a se empregar [piegas demais, inclusive], mas por incontáveis vezes fechou os olhos ao indesejado, vendo apenas o que lhe agradava, e aquilo que nela se refletia - o lado bom. nenhuma sutileza jamais lhe escapou, nenhum gesto. pelo contrário, exaltava tudo isso; selecionando as sensações boas e descartando aquelas que desagradavam.
apesar de a tempestade ter passado, ainda tateia as paredes e pisa mansamente pelos corredores que segue; pois a meia-luz ainda confunde.

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